segunda-feira, 2 de maio de 2011

Mobile Art


A expressão “Mobile art” designa certo tipo de produção artística que transita em um meio mais amplo, também chamado de mídia locativa.
Por mídias locativas são : celular, o palm, o GPS, os computadores portáteis e vestíveis, bem como aparatos wireless em geral.


Em alguns países, onde a palavra mobile é sinônimo de celular, é mais comum haver o condicionamento da expressão a esse tipo de dispositivo. No Brasil, usa-se a sinonímia “Arte móvel”, não restando então nenhuma dúvida sobre a amplitude da aplicação da expressão.
Assim, nesse verbete, são consideradas tanto as expressões “Mobile art” quanto “Arte móvel” como designadoras de obras criadas com, ou a partir de dispositivos móveis, onde a questão da mobilidade pode ser parte da essência poética da obra ou mera qualidade dos dispositivos tecnológicos utilizados. Apesar da amplitude de aplicação dos termos, existe um fator exclusivo: esse tipo de obra depende do uso desses dispositivos, ou seja, das mídias locativas.


Isso explica o rápido aproveitamento poético que os artistas fizeram desses dispositivos, criando assim, dentro do sistema da arte, um subsistema com alta capacidade de emergência, que prova a cada dia as possibilidades de transformação. O celular, como legítima mídia emergente, parece ser um dos mais promissores dispositivos para criação e proposição poética em inúmeros campos de atuação, principalmente naqueles onde a comunicação é fator preponderante.
Isso por que o celular consente situações de convergência que vão além do dispositivo, permitindo a criação de uma rede de alta complexidade e, por isso, de interferência entre as partes que a compõem. Normalmente, quanto maior a possibilidade de interferência, mais ela está sujeita a emergência, todavia, as possibilidades de emergência sofrem influência direta da percepção.

Enquanto isso, nota-se que as obras de arte com mídias locativas têm feito com que passemos a obter uma nova noção de corpo. Com elas o corpo se desloca no tempo e no espaço, a conexão tende à sensação de expansão corpórea. Pode ser dito que há uma ubiqüidade instalada sob certos aspectos, mas quando se olha para o todo há uma expressão maior, como se disséssemos que vivemos em pervasividade aproveitando-nos da ubiqüidade de maneira criativa.

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